Só no laboratório? Conheça cientistas de verdade no Instagram e no Twitter
Vocês conhecem cientistas? Gente de verdade, que trabalha descobrindo os segredos dos átomos, das células, do universo?
São poucas pessoas que conhecem cientistas, e isso causa um distanciamento entre o público e a ciência. Essa lacuna acaba criando um estereótipo do cientista, aquele homem branco de meia idade, jaleco branco e um tubo de ensaio na mão. Muitas vezes com a língua de fora, para completar a imagem do cientista maluco.
Foi justamente para combater essa imagem que essa semana criaram a hashtag #EuPareçoCientista. Milhares de fotos no Twitter e no Instagram mostram cientistas dentro e fora do ambiente de trabalho, como seres humanos e não apenas caricaturas.
O movimento começou no exterior, mas vale lembrar que algo assim é particularmente importante no Brasil. Por aqui, embora tenhamos uma proporção relativamente alta de mulheres nas ciências quando comparamos com outros países, são poucas sobretudo em posições de liderança, como, por exemplo, membros da Academia Brasileira de Ciências. Pior ainda é a representatividade de negros e pardos, que são a maior parte da população, mas apenas 16% de docentes em universidades brasileiras.
Mas a hashtag mostra que cientistas são uma população diversa. Gente de todos os gêneros, cores e idades, com quem o público brasileiro pode se identificar.
E isso é importante para que os meninos e meninas saibam que podem ser cientistas também. Quantas vezes não fui dar uma palestra em escolas para que me perguntassem o que eu fazia no meu dia a dia. Afinal, as descobertas só são feitas pelos astrônomos da Nasa, não é? A única chance é dar aula e torcer para que possamos trabalhar no exterior, certo?
Errado. Precisamos mostrar as possibilidades de virar cientistas aqui mesmo no Brasil, e que mesmo com todas as dificuldades os brasileiros e brasileiros que se dedicam à pesquisa aqui são feitos de carne e osso, e fazem descobertas tão incríveis quanto os melhores cientistas do mundo todo.
Se vocês concordam, apoiem a ideia. Vejam a hashtag, curtam os posts, sigam os cientistas nas redes sociais. Podem começar comigo se quiserem. 🙂
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