Smartphone do ET? Sinais de rádio misteriosos chegam de galáxias distantes

VLA, um dos radiotelescópios que astrônomos usam para estudar os céus (NRAO)
Imaginem só. Você está observando as estrelas de noite, e de repente uma luz forte começa a piscar rapidamente. O fenômeno pode durar várias horas. E depois desaparece para sempre. O que você acha? Era um alienígena visitando a Terra?
Talvez tenha sido isso que Duncan Lorimer e David Narkevic pensaram quando descobriram o primeiro "Fast Radio Burst" (algo como "Rajada Rápida de Rádio" ou FRB na sigla em inglês), em 2007. A diferença é que não eram flashes de luz, mas sim ondas de rádio. E podem ser muito fortes em sua origem, mas como estão muito distantes vemos uma quantidade de energia mil vezes menor que um celular na superfície da Lua.
Ainda assim, é um mistério que continua até os dias de hoje na astronomia. Desde então, cientistas tentam descobrir a origem dessas rajadas, que podem ser causadas por buracos negros, supernovas, estrelas de nêutrons ou algum outro objeto astronômico compacto.
O grande problema sempre foi observar o fenômeno. A maioria dos FRBs acontecia uma vez e desaparecia mais tarde; apenas dois deles voltaram a brilhar, e ainda assim de forma irregular e inesperada.
Agora, uma nova descoberta pode ajudar a resolver o mistério. A colaboração canadense CHIME anunciou a primeira observação de um FRB que se repete periodicamente, a cada 16 dias, localizado em uma galáxia a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância.
A origem do fenômeno ainda é desconhecida. Por ser periódico, deve ter alguma relação com órbitas ou algo astronômico que se repita. Ainda assim, essa nova descoberta fornece uma oportunidade inédita: agora sabemos para onde olhar e quando, o que nos permite apontar os telescópios para o lugar certo e na hora certa.
Se enxergarmos algum ET dando tchauzinho, prometo publicar aqui no blog primeiro.
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